Suíça no verão

A escolha de um local para passear em família tem que agradar a todos. Então, nós quatro concordamos que não existiria lugar melhor do que a Suíça no verão para passar nossas férias. 

Nossa família já teve experiências traumáticas com viagens no inverno, pois a neve é linda para quem mora em uma cidade quente, mas ela limita os passeios e nós gostamos de andar, andar, andar...


Nosso primeiro dia de viagem começou em nossa cidade com um simpático voo às 05h40. Por se tratar de uma viagem internacional, tivemos que chegar às 03h40... Sair de casa às 03h não é mole, não. Mas tudo vale a pena se a alma... kkk



Chegando a São Paulo, pegamos o voo para Roma às 14h35 e chegamos às 06h50 (11h30 de banco no avião apertado da classe econômica). Às 08h35, partimos para Zurich e lá estávamos às 10h10. Depois desta manobra toda, estávamos no lugar que desejávamos.


 💖DIA 1 ZURICH 




Eu comprei as passagens aéreas com meu agente Ricardo da Ametur Turismo e aluguei as estalagens pelo Booking. Eu gosto da possibilidade de eu mesma escolher o lugar para ficar, mas isso depende muito do passeio. 

Abaixo está a fachada do Swiss Star Center que fica em um bairro latino (Aussersihl)Eu não sabia disso quando eu aluguei o apto. O ponto positivo é que muitos falavam português ou espanhol ou o famoso "portunhol"... então era mais fácil a comunicação. O ponto negativo é que, com grande discrição, havia casas noturnas que pareciam ponto de prostituição, o que não chegou a incomodar a nenhum de nós. O mais importante é que ficava a poucos metros do COOP, mercado super abastecido em que pudemos fazer nossas compras para a casa. Além disso, ficava a menos de dois km do centro de Zurich, o que nos permitia caminhar até lá tranquilamente.

Lembre-se: a família Luz caminha...

Eu gosto de apartamentos e não de hotel, pois nos dá a chance de cozinhar - um dos meus hobbies - e fica muito mais barato. 




O sistema de check-in deles é automático, ou seja, às 14h em ponto, o hóspede digita, logo na entrada, os últimos quatro números da reserva e a chave cai uma abertura da caixa de chaves. Chegamos a ver nossos anfitriões, mas foi apenas uma eventualidade. Eles foram gentis em deixar-nos estacionar nosso carro na vaga deles e o Carlos (brasileiro) foi muito gentil e cordial.


Algumas fotos de Zurich:


Parque ao lado da estação central




APRENDEMOS VIAJANDO QUE:

😉  14h são 14h e não adianta pressupor que o termo "antes" tem valor na Suíça. Ficamos uma hora e meia sentados na porta do apto sem poder ingressar no prédio.


💖💖 DIA 2 ENGELBERG/LUCERNA


Logo cedo, pegamos a estrada que nos conduziu à Engelberg para a subida no monte Titlis. 




Na primeira estação, pegamos um teleférico em que cabiam seis pessoas sentadas. Na segunda estação, somos colocados em um Rotair - bondinho giratório - que nos elevou a 3020 metros. Nele cabem muitas pessoas em pé. O melhor é ficar bem na beirada para ter uma visão melhor.


Lá no alto, a gente anda em uma ponte que dá frio na barriga, pois ela é elevada e podemos andar na gruta de gelo.








Também se pode pagar mais alguns francos suíços e ir no Ice Flyer. Ele leva para o Parque Glacial, onde brincamos um pouco... 


equipamento para descida



Às 13h30 já estávamos satisfeitos com o passeio e resolvemos almoçar na cidade de Lucerna que fica a menos de uma hora do Titlis. Escolhemos um restaurante italiano mesmo... kkk É mais prático!

Fotos de Lucerna:






💖💖💖 DIA 3 CITY TOUR EM ZURICH - ou quase

Na manhã do terceiro dia, nós dormimos e, depois de um bom café, fomos para um city tour, ou quase. No ponto de encontro, nos mandaram para um ônibus que não era o nosso e fizemos um passeio incompleto. Depois ficamos sem saber o que fazer e eu fiquei muito chateada, mas meu grupo pareceu não se importar muito. Afinal, depois do passeio que havíamos feito, ninguém queria mais emoções. Dá uma olhadinha nisso:






Voltamos para o apto e, à noite, fomos ver Zurich iluminada. Era véspera do Festival de Zurich e vários ensaios de apresentações. Dentre eles, de malabarismo em corda:








O rio Limmat é tão limpo que, assim como os moradores, fomos fazer um refresca pé.


APRENDEMOS VIAJANDO QUE:

😏 Mesmo que pegue a excursão errada, não se deve deixar o fato estragar o passeio... afinal, você está na Suíça... kkk

😍 Um rio urbano pode ser limpíssimo.



💖💖💖💖 DIA 4 BERNA/NEUCHATEL

Apenas fizemos check-in no Hotel Nacional, onde ficaríamos cinco dias, mas tivemos a linda, grata e maravilhosa surpresa de sermos acolhidos por um grande amigo, Pastor Rickson Nobre e família. Deixamos o hotel e fomos passar dois agitados dias em Neuchâtel.

O Rickson e a Claudia Nobre nos acolheram com AQUELE almoço e, à tarde, aproveitamos o calor entre 26 a 28 graus e fizemos uma aventura com paddle. Imagine eu, que nem sei andar de bike, fazendo "paddle"... kkk... sem chance:




Mesmo molhados e molambentos, fomos conhecer a vila medieval perto da casa do Rickson:












 Quem nunca colheu cerejas de um pé que está dentro de um quintal??? 







APRENDEMOS VIAJANDO QUE:

💕 Uma amizade em que o amor está envolvido, não acaba! 

😱 Na Suíça faz calor SIM!






💖💖💖💖 💖 DIA 5 

CULTO NA IGREJA ADVENTISTA

Começamos nosso sábado com o culto presidido pelo Rickson. Primeiramente, fizemos um estudo em grupo da Palavra, que foi conduzido pela Claudia Nobre com participação dos demais. Logo após, entoamos cânticos e o Rickson refletiu sobre nossas práticas cotidianas e como elas nos conduzem ou nos afastam do caminho reto.  Fomos muito bem acolhidos por aquela família religiosa, em sua maioria falantes de Língua Portuguesa e Espanhola.







O Creux-du-van é sensacional pela trilha, pela paisagem, pelo contato com a natureza:

Esta foto não é minha ⇡

Estas são ⇩






Deu bode... qual é o nome do animal, mesmo?




💖💖💖💖 💖 💖 DIA 6 

GROTTES DE VALLORBE

Eu adoraria colocar 30 fotos das grutas que ficam na divisa com a França, mas ficaria muito extensa a postagem. Para mim, foi uma experiência impressionante e as fotos não traduzem o espetáculo que é o lugar:

Recepcionista



Parte externa da Gruta






Toda iluminada, repleta de escadarias e placas indicativas e sem danificar o meio ambiente. A Suíça sabe fazer turismo sem ver nele um elemento agressor à natureza. 

FÁBRICA DE CHOCOLATE CAILLER

A degustação foi a melhor parte do passeio, mas a companhia ajudou muito! Todos eram bem gordos e nos divertimos na fábrica:


Se é que me entendem... 

Com saudades da família Nobre, despedimo-nos e voltamos para Berna... 😢






APRENDEMOS VIAJANDO QUE:

💕 A distância não influencia no poder de uma amizade.

😱 A Suíça é mais chocolate que queijo! 

💖💖💖💖 💖 DIA 7 , 8 e 9 EM BERNA

Na eleição que fizemos aqui em família, eu votei em Berna como a melhor cidade. Para Rubens, foi Zurich. Tirem suas conclusões:












MUSEU DE EINSTEIN - Duração prevista para o passeio: 1h30. Família Luz em ação: 3 horas lendo tudo... kkk


Fachada do museu
Pagamos 15 francos o ingresso. Achei legal a atitude da atendente ao perguntar se Lucas e Débora eram estudantes e, frente à mera confirmação verbal, ela vendeu ingressos com meia entrada para eles.


Fiz umas correções no texto de Einstein. Achei as ideias dele muito relativas.


Claro que a Débora me obrigou a me vestir de astronauta.


Na segunda à noite, fomos jantar no restaurante do Rosengarten de onde extraí essas fotíneas:


Eu vou fazer um post só com as flores da Suíça...





Dois dias seriam suficientes em Berna. Ficamos três, mas não reclamo e digo é LINDA!

Sobre a ida à casa de Clarice Lispector, vou fazer um post especial. Por enquanto, deixo essa recordação:



APRENDEMOS VIAJANDO QUE:

🏃 Pra viajar com a família Luz, tem que caminhar. Fizemos a pé o centro de Berna uma 5 vezes. Né, Rubens Luz?
🎯 Ter vários mercados por perto e transporte público de graça (dado pelo Hotel) é tudo de bom!



💖💖💖💖💖💖💖💖💖 DIA 10 - ZERMATT

O Ponto alto do passeio. Vejam o porquê:

1) Temos que pegar um trem para carros para chegar a Zermatt partindo de Berna. Eu não sabia disso!



2) Os carros não chegam até Zermatt. Lá é proibido o tráfego. A gente deixa o carro estacionado há 5km na estação de Tasch. Estranho, né? Disso eu sabia!



3) Ficamos em um apartamento. Como já falei, não gosto de ficar em Hotel. O Residencial Patrícia é muito aconchegante e fica a 400 metros do centro. Para quem vai fazer as trilhas, como foi o nosso caso, fica do outro lado da cidade. Na minha opinião, é um lado que favorece a vista do monte... Quanto mais perto do monte, menos se vê dele...





💖💖💖💖💖💖💖💖💖 💖💖 DIA 11 - ZERMATT

Há duas formas de chegar perto do monte: a fácil e a difícil. A cara e a barata. Obviamente, escolhemos a mais difícil e a mais barata... kkk 

A mais fácil é pegar um teleférico que conduz ao alto para uma estação de esqui. Como já tínhamos feito o passeio no Titlis, optamos por outra aventura e fomos caminhar. O resultado está aí:




 kkk quem nunca... kkk


 Aula de Física: o ar quente faz a montanha Matterhorn, mais conhecida como montanha Toblerone soltar essa nuvem. Achei o máximo!




Pausa para um lanchinho preparado pela mamãe!




Tá gostando, Rubens de Oliveira?



O Lucas A-DO-ROU!


A Débora estava tão exausta que resolveu fazer ISSO... Ai que ódeo!!! kkk

Eu ia sim fazer um salto com parapente, mas a loja já estava fechada quando voltamos da trilha que durou 04 horas. Lembra que fizemos o caminho mais longo! (Boa desculpinha a minha, né?)

Para relaxar, fomos desfrutar das piscinas do Hotel Best Western que é o anfitrião de quem fica no Residencial Patrícia:






💖💖💖💖💖💖💖💖💖 💖💖💖 DIA 12 - MONTREUX e GENEBRA

Para ir de Zermatt a Genebra, paramos em Montreux para almoçar. Fizemos isso no Chez Gaston, um restaurante à beira do lago, onde a simpática portuguesa Sandra nos atendeu:






Aproveitamos para conhecer o Museu do Queen em Montreux, cidade em que as principais músicas da banda foram compostas:




MANUSCRITO POR FREDDIE:




Na cidade de Genebra, ficamos na cidade de Versoix... kkk 

Optei por um hotel mais distante do centro (Lake Geneva Hotel), em uma cidade próxima à Genebra, onde pudéssemos descansar um pouco. Gente, nós andamos em média de dez km AO DIA... 

A escolha se mostrou aprovada, pois, do outro lado da rua, ficava o trem que nos conduzia ao centro de Genebra em dez minutos. O hotel também cedeu bilhete ilimitado e gratuito de transporte público.







Centro de Genebra e o povo tomando banho no lago, super limpo:



Genebra é uma cidade política. Então, fizemos várias visitas e até participamos de uma manifestação:


1) Broken Chair

É uma escultura do suíço Daniel Berset com 5,5 ton e tem 12 metros. Está na frente do palácio das Nações e simboliza a oposição a minas terrestres e bombas de fragmentação. É um alerta a todos.

2) Sede da Cruz Vermelha ⇓


3) Contra a separação de pais e filhos que chegam na condição de refugiados:



4) Sede das Nações Unidas:




REAPRENDEMOS NESSA VIAGEM:

- Cultura e política devem fazer parte de um roteiro de viagem.

💖💖💖💖💖💖💖💖💖 💖💖💖 DIA 13  VOLTINHAS EM GENEBRA

Catedral de Genebra

Lago azul da cor do céu

Eu e paixão 

Claro que fomos ao museu de Genebra

Claro que podia fotografar, mas sem flash:





💖💖💖💖💖💖💖💖💖 💖💖💖 💖💖 DIA 14 De volta a Zurich 

Acordamos não tão cedo, curtimos a paisagem mais um pouco e pegamos o carro de volta a Zurich.
Devolvemos o carro com certa facilidade e aguardamos nosso voo para Roma. Foi uma super correria, pois o voo atrasou meia hora no aeroporto da Suíça!!!

Quando estávamos com vinte minutos de voo, eu alertei a família: Começou nosso embarque em Roma! 

No fim deu tudo certo, pois havia alguém do staff da Alitalia nos esperando. Fizemos uma corrida de três km aproximadamente dentro aeroporto, furamos fila e DEU TEMPO. Ufa!

Às 05h20 da manhã, chegamos à SP e às 13h20, estávamos em nossa cidade. 

Passou mais essa, fia!

APRENDEMOS NESSA VIAGEM:

- O Brasil não sabe fazer turismo por várias razões: não há políticas para equalizar visitação e proteção ambiental.
- A Suíça é um país sem idioma próprio e três oficiais, mas só se falam dois: o francês em uma parte e o alemão em outra. 
- Os portugueses vão para trabalhar na Suíça por conta do alto salário que lá se paga e eles nos ajudaram muito.
- Viajar em família é sempre bom.
- Viajar é investir em si e na família.


A Suíça é cara. A não ser que o turista goze de uma excepcional condição financeira e, além do mais, não tenha dó de gastar, nem pense em fazer "compras". Na Itália, com dez euros, a pessoa almoça. Na Suíça, 9 francos custa um lanchinho de mercado! Uma macarronada custa em torno de 20 francos. 

Então, a máxima "quem converte, não se diverte" ainda está em voga, mas... sem planejamento, sua viagem pode naufragar. Pense nisso!




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